sábado, 20 de janeiro de 2007

1o. dia: Chegada


Tudo transcorreu bem na viagem. Fizemos a migração em Miami e pegamos uma conexão para Eagle. O jonny fez um trajeto diferente, por Denver, porque ele vai ficar mais tempo e não conseguiu furar o bloqueio dos pacotes das operadoras.

O pouso dá um pouco de medo: a aproximaçao entre as montanhas lembra a viagem de Chapelco. No aeroporto mesmo, alugamos um carro, um Ford Explorer 4x4, branco, banco de couro caramelo, muito maneiro. Achamos que seria mais seguro, afinal de contas, eu também iria dirigir.

A viagem entre o aeroporto e hotel é muito bacana. Você passa por diversas estações à margem da rodovia estadual 70, sentido este. E lá estão, a nossa direita, Beaver Creack, Vail, Cooper Montain. Muito legal.

Chegamos no hotel lá pelas 13:30, e por concidência o Jonny estava acabando de descer do seu transfer, triste da vida, porque tinham sumido com a sua prancha na conexão de Dallas.

Ficamos naquele chove-não-molha até umas 16:00: liga para a América Airlines para saber da prancha extraviada, aluga equipamento, fazer o check in no hotel, liga para casa para avisar que estávamos todos bem.

O hotel, o Great Divide Lodge, a propósito, é muito bom, embora não seja exatamente um hotel de luxo. Os quartos tem aproximadamente uns 40 metros quadrados, e não estou exagerando. Tem lugar para duas camas de casal e um sofá cama, armário, suite e sobra espaço. Não temos que tropeçar nas malas, bater nas quinas das camas, etc. Além disso, tem tv a cabo, nintendo (ou algo do gênero, já que não entendo desses jogos eletrônicos). No térreo, tem internete free, fliperama, hot tube (canjão), piscina, spa (para quem consegue malhar depois de um dia de esqui...). E garagem coberta para os carros. O mais legal, porém, é que ele está a poucos passos do lifting de acesso ao Pico 9 (Breckenridge é composta pelos picos 7, 8, 9 e 10).

Finalmente estamos prontos para esquiar. Breckenridge já encerrou, então aproveitamos para ir para Keystone, experimentar o esqui noturno (de quarta a domingo). A secura falou mais alto, porque encaramos 12 horas de avião, uma de carro, 5 horas de fuso horário, 2.200 metros de altitude, fome, e ainda tivemos que pegar o carro e dirigir 30 minutos até Keystone. E olha que o Léo estava viajando ainda há mais tempo, porque ele veio de Brasília.

Chegamos no pico. No começo, eu estava apreensivo. Esquiar de noite... isso deve ser coisa de maluco. Realmente a visibilidade nao é lá grandes coisas. Cheguei andar mais de uma hora sem google, porque o meu é espelhado e deixa tudo mais escuro. O que foi uma pena, porque eu tenho um carreira velho de guerra, de lente amarela, que iria ser perfeito, mas ficou em Niterói. Depois tive que me render ao google, porque os olhos estavam ardendo por causa do vento gelado de -10 a -15ºC (frio para cacete). Esquiar de noite nao é tão complicado, porque só uma pequena parte das pistas, de verdes e azuis, fica aberta e iluminada por refletores. Não estamos falando daquela descida com tochas de Valle Nevado, embora deva ser legal, mas de uma super estrutura lojística. Além disso, não vemos principiantes nas pistas. Sabe como é, dá um medinho.
Keystone é incrível. Sao dezenas de holofotes. Bons meios de elevaçao. Boa sinalizaçao. Show de pelota. Que estrutura. Os comentários que idolatram Vail não deveriam diminuir a qualidade das outras estações próximas.

Já era quase 21:00. Eu estava morto. Mesmo antes de sair do hotel, eu estava sentindo a altitude. Depois de quatro horas esquiando, eu estava faminto. E congelado. Na base da montanha estava marcando -10º C. Lá em cima, devia estar pelo menos -15º C. E ainda tinha o vento gerado pelo movimento. O nariz parecia querer quebrar. Para complicar, começou a nevar. Mal paramos para tomar uma cerveja, para recompor as energias. Fui dirigindo na volta para o hotel, muito devegar, com medo de derrapar e detonar a viagem logo no primeiro dia: demoramos quase uma hora. Chegando ao hotel, mal consegui jantar. Só desci para comer porque eu estava com muita dor de cabeça. Quando percebia, estava cochilando com o garfo na boca.

Dormimos como anjos. E olha que o meu travesseiro era alto, o que me provoca graves dores no pescoço. Sorte minha e do Léo que o João não roncou. O mesmo não posso dizer do Wanderlei, porque o Paulo não perdoa.... rsrsrs.

3 comentários:

feduardomattos disse...

Sou tio do Joao.
A prancha ja foi encontrada?
Existem fotos do local?

johnny disse...

Oi, tio.
Entregaram a prancha no hotel na noite do mesmo dia que chegamos.
Além do estresse pela expectativa, foi ruim pois tive que alugar o equipamento para irmos à Keystone à noite.
Mas tudo bem, o que vale é estar aqui.
Um abraço.

johnny disse...

Detalhe: ainda não colocamos as fotos por falta do cabo pra ligar no micro.